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“Quando você vê gansos voando em formação “V”, pode ficar curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma...”
Nunca havíamos sentido o Projeto de Formação Continuada - Formação Política, Participação Social e Educação Popular, da Associação de Moradores e Amigos do Cauassu- AMACAUASSU, tão vivo quanto na I OFICINA DE PROJETOS, realizada domingo, 13 de fevereiro de 2011 em sua sede.
Recepcionados pela mensagem-reflexiva “Sobre Gansos e Equipes”, fomos todos convidados a nos unir como os gansos para a concretização de nossos sonhos.Embasados por um projeto de Educação Popular, os educadores colaboradores visitantes - todos graduados em Pedagogia, mestrandos e mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará- UFC - e associados, vivenciaram momentos calorosos de aprendizagens mútuas e significativas.
Norteados por uma programação vasta e acolhedora e uma organização que contou com momentos de rodas de conversas com todos os participantes; posteriormente divisão em grupos de trabalhos menores organizados segundo suas intenções de projetos; e logo após, retorno ao grupo maior para socialização dos trabalhos, os educadores diziam “não sentir vontade de ir embora”.
“O campo fértil para a vivência da autêntica participação social, foi o que mais me atraiu”, disse um dos educadores. Já outra colaboradora, com o mesmo entusiasmo, usou a metáfora da ilha para caracterizar o processo de conscientização política, pelo qual estão passando os associados: “A AMACAUASSU parece uma ilha dentro do Eusébio. Como pode em pleno domingo essa quantidade de pessoas estarem reunidas discutindo as demandas da comunidade, políticas públicas, elaborando projetos de intervenção, fazendo a verdadeira política?”
Ao fazer este comentário, ela contextualizou para o grupo a sua tese de que em nosso município há uma resistência enorme de várias naturezas em relação à construção de espaços efetivos de participação social e de vivência política na cidade.
No momento da socialização, um componente de cada grupo, juntamente com seu educador (a) colaborador (a), colocava as informações mais relevantes para o momento, como por exemplo, nome do grupo e seus componentes; título do projeto; público-alvo; objetivo geral; ações pretendidas; datas para ações e convite para as mesmas.
Cada coordenador dos grupos de trabalho e educador colaborador comprometeu-se a continuar mantendo contato como fim de estarem construindo coletivamente cada projeto, como também agendando novo momento com todos os grupos.
Para nós que coordenamos o projeto de formação, foi um momento enriquecedor, principalmente porque a partir dele temos cada vez mais subsídios para afirmar o quanto a Educação Popular pode colaborar no desenvolvimento do potencial criativo do ser humano frente às suas possibilidades, por muitas vezes tão desprezadas em uma sociedade que valoriza mais o “ter” do que o “ser”.
Definitivamente esse foi mais um dia marcante na construção de nossas histórias, onde se fez valer mais do que nunca o que tanto nos alertou Paulo Freire através de sua vivência e teoria: “Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.”
Nesta etapa da formação e em todas as outras, esta frase está para além da utilização que fazem dela muitos programas educacionais assistencialistas e projetos políticos-pedagógicos de instituições escolares, que de político nada tem, visto que são construídos na maioria das vezes na individualidade, nos gabinetes, “de cima para baixo” , onde o sujeito tido como o “menor” ou o “da ponta” não tem vez e nem voz na construção dos projetos.
Aqui a frase de Freire compõem um de nossos princípios: tem cheiro, voz, cor... é vida!
Eliábia de Abreu Gomes Barbosa
COORDENADORA DO PROJETO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA AMACAUASSU.
FORMAÇÃO POLÍTICA, PARTICIPAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO POPULAR